RETROSPECTIVA ESPECIAL – As principais ações do golfe brasileiro – 2017/2018
Por Euclides Gusi, presidente da Confederação Brasileira de Golfe
Sempre falamos que o tempo voa, mas esses dois anos de 2017 e 2018 realmente nos surpreenderam. A quantidade de desafios à frente da Confederação Brasileira de Golfe, as necessidades emergenciais e a falta de um plano diretor contribuíram enormemente para acentuar essa sensação. E agora, ao fim desse período, elaboramos um breve balanço da nossa gestão que divido aqui com vocês.
Antes de mais nada, gostaria de parabenizar nossos colaboradores e diretores pelo empenho e pelo trabalho desenvolvido.
Iniciamos com o enorme desafio de regulamentar os contratos do Campo Olímpico de Golfe. Todos, sem exceção, foram firmados de uma forma que não atendia à legislação e as obrigações pactuadas entre entidade e Governo. Agora estamos na reta final desse processo e, para concluirmos, contaremos a partir do começo de 2019 com o apoio da Federação do Rio de Janeiro, por meio de sua nova Presidência e sua Diretoria.
Em outra ação importante, nossa equipe, capitaneada pela área técnica, elaborou o novo Manual de Normas e Procedimentos, no qual constam publicamente os critérios de convocações para representar a CBGolfe — que antes eram meramente subjetivos. Contratamos um novo coach nacional e uma preparadora física. E o COB (Comitê Olímpico do Brasil) nos disponibilizou toda a sua estrutura para avaliarmos e acompanharmos cientificamente o desenvolvimento de nossa Equipe de Alto Rendimento.
Conseguimos tirar do papel o apoio efetivo aos nossos atletas profissionais, com recursos da Lei Agnelo Piva. Totalmente esquecidos nas gestões anteriores, eles agora contam com a disponibilidade de uma equipe técnica e de preparação física.
Em termos de torneios de grande porte, colocamos o Brasil definitivamente no mapa do PGA Tour Latinoamerica. Nosso calendário agora tem dois eventos anuais, já garantidos pelos próximos 3 anos. Dessa forma, nossos atletas profissionais terão mais oportunidades de alçar voos mais altos.
Fora de campo, a CBGolfe trouxe, pela primeira vez na América do Sul, o TPI, o mais renomado curso para professores, fisioterapeutas, técnicos e profissionais do nosso esporte. Tivemos a lotação esgotada de alunos, demostrando a alta demanda e a vontade de aprender. Vamos dar continuidade a essa ação no futuro.
Implantamos cinco centros de treinamento no Brasil: dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um no Rio Grande do Sul e um no Paraná. Todos estão totalmente equipados com o que temos de mais avançado para análise de swing e putter.
Em matéria de gestão, conseguimos aumentar nossa participação em mais de 11% na divisão dos recursos da Lei Agnelo Piva, garantindo mais investimento para o esporte. Trouxemos para a Confederação o GET, programa do Comitê Olímpico do Brasil para Gestão, Ética e Transparência. Além disso, contratamos e implantamos um programa de compliance, e nos enquadramos em duas importantes portarias do Ministério do Esporte, a 115 e a 341 — sendo que esta última limita nossas despesas administrativas a 20% da receita, direcionando mais recursos para nossa atividade-fim, que é o esporte. Para completar, mudamos a sede da Confederação para um espaço menor e mais adequados às nossas necessidades operacionais.
Trabalhamos intensamente para aproximar a CBGolfe cada vez mais do Comitê Olímpico do Brasil. Fui eleito em 2018 para ocupar uma cadeira no Conselho de Administração do COB até dezembro de 2020. Isso nos dá uma proximidade enorme e a oportunidade de participar ativamente das decisões do esporte nacional. E recebemos do comitê um Plano de Branding que estamos desenvolvendo e devemos concluir nesta gestão.
Os desafios para o futuro ainda são enormes. Mas a base está consolidada. Temos certeza de que nosso esporte vai crescer e aparecer cada vez mais.
Para finalizar, agradeço a compreensão da minha família. Abri mão do nosso convívio para morar em São Paulo e estar 100% dedicado ao golfe brasileiro.
Com esta síntese de um trabalho bem executado, temos a certeza da continuidade, pois o feito está sedimentado.
Bom jogo a todos.
