Confederação Brasileira de Golfe

Ame-o ou deixe-o

05 de agosto de 2009

POR GUILLERMO PIERNES*

Acordar na madrugada do inverno para jogar na chuva. Andar cinco horas sob o sol escaldante do verão tropical batendo mal na bola. Definitivamente o golfe não é para espíritos fracos. Para ser considerado realmente golfista, você tem que amar o golfe. Para ser golfista é preciso espírito forte. Gostar do golfe é pouco. Ame ou deixe-o.

Jogar golfe é uma arte, somente que não ficamos com partituras, nem manuscritos, nem pinturas. Apenas com as lembranças do swing perfeito em tal buraco, ou o a saída da banca ao inicio do jogo ou aquele putt de 12 metros. Arte não é para todos.

No campo de golfe a verdade vale o que deveria valer fora dele. Se a bola mexeu, uma tacada. Se a bola saiu um centímetro fora do limite, se bate outra e se anota mais uma tacada. Ao jogar golfe também se pratica a verdade e o respeito.

Um esporte onde a integridade é tudo. No mundo do golfe ninguém defende ou acoberta aos trapaceiros, malandros, enganadores. São discriminados. Trazem vergonha para todo clube ou campo de golfe. Os golfistas transformam o campo num templo da honestidade, esse valor cotidianamente pisoteado fora dos seus limites. A palavra vale.

Existem as sanguessugas do golfe. Os que não amam o golfe e estão perto dele para aproveitar oportunidades, cargos ou funções no esporte em benefício próprio sem outro compromisso. É fácil identificar. Nenhum deles joga golfe. O amor ao golfe poderia prejudicar o seu negócio. Os amantes do golfe os identificam porque a sintonia é outra.

Em o meu livro Tacadas de Vida relatei um fato real. A namorada egoísta não admitia a divisão de sentimentos com o golfe. Deu um o ultimato: ” esse golfe idiota ou eu… ” O namorado pediu para acabar a discussão justificando: “amanhã tenho que acordar cedo para jogar…”

Três meses depois do fim do relacionamento, o golfista reencontrou velhos companheiros de jogo. Confessou que a separação da egocêntrica namorada teve conseqüências: “No primeiro mês o meu handicap subiu duas tacadas”. Um a um os companheiros do golfe o abraçaram em silêncio.

* Escritor e palestrante. Autor de Liderança e Golfe e de Tacadas de Vida. Diretor do portal Golf e Negócios. www.golfnegocios.com 

O ponto de vista dos colunistas não expressa necessariamente a opinião da CBG.

 

 

Confederação afiliada

Comitê Olímpico do Brasil Internacional Golf Federation R&A Federacion Sudamericana de Golf Comitê Brasileiro de Clubes

Parceiros

Patrocinadores

Premiações

Mapa do Site