Confederação Brasileira de Golfe

APRENDENDO COM OS REVESES – Psicologia Esportiva

24 de abril de 2007

Todos sabemos que o golfe é um jogo de erros. Logo, aprender a lidar com eles é uma das características marcantes para se jogar bem, independentemente de handicap.

Partindo desta análise, podemos afirmar que existem dois tipos de golfistas: os que já sofreram reveses e os que irão sofrer. Todos os esportistas experimentam derrotas, que podem levá-los a declínios em sua performance. Estes declínios, assim como as pessoas, podem se apresentar das mais variadas formas e tamanhos – longos, curtos, grandes, pequenos, famosos e os que ninguém fica sabendo. Mas uma constatação existe: nesse período de baixa, o golfista perde a confiança no seu swing, o desempenho cai e ao tentar se esforçar desesperadamente para voltar ao ponto de origem (quando estava jogando bem), cria tensão e ansiedade e, sem perceber, intensifica o declínio, tornando-o mais profundo e duradouro.

“O receptivo triunfa sobre o inflexível; o maleável triunfa sobre o rígido”.

Observe uma criança brincando de rodar sem parar. Ela roda, roda, roda, até ficar tonta e depois se deixa perder o equilíbrio, roda, cai, rola no chão sem se contrapor à queda. Outro exemplo interessante: preste atenção naquela outra criança brincando de skate. Ela faz mil malabarismos com o seu brinquedo, que parece estar colado aos seus pés; eis que em determinado momento, ela perde o equilíbrio…seu corpo gira, seus pés descolam do skate, e ela cai no chão e rola, rola até parar…Percebe-se que não houve resistência à queda. O corpo fluiu com o próprio “revés”…

Numa partida de golfe, como na vida, a grande sabedoria está em não lutar contra o fluxo do momento. 

Tentar lutar contra o vento que sopra em direção ao fairway, não é uma boa solução.

Preciso eliminar o medo que tenho para cravar o tee no primeiro buraco de jogo, fazendo o quê? Não é justamente lutando contra este medo?

Não faço um bom jogo há mais de dois meses, preciso urgentemente melhorar, o que faço!

Preciso acabar com esta “tremedeira” que toma conta de mim, principalmente quando vou para um play-off.

O que é necessário compreender é como podemos aproveitar o vento sem se opor a ele, usando-o de alguma maneira como estratégia de jogo naquele momento. Na outra questão, posso dizer, que medo e “tremedeira” são fenômenos psicológicos individuais e o golfista precisa lidar com eles, pois a qualquer momento na sua vida ele “pode reaparecer”. Por isso não tente eliminá-lo do seu ser, descubra como conviver com ele em situações adversas. E por fim, quando o tempo de declínio estiver se prolongando, relaxe, descanse, e deixe o jogo vir naturalmente…E aí me lembro do trecho de um poema antigo: …mesmo que esta noite seja demorada, amanhã aparecerá o dia…

 Esmerino Rodrigues Júnior – Psicólogo Esportivo da CBG

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