Confederação Brasileira de Golfe

Campeões brasileiros serão conhecidos esta semana no Gávea

22 de julho de 2002

Os melhores golfistas brasileiros disputarão de 25 a 28 de julho no Gávea Golf & Country Club, no Rio de Janeiro, o 72o Campeonato Amador de Golfe do Brasil – Taça Banco Alfa, uma das mais importantes competições do país que conta pontos para os rankings da Confederação Brasileira de Golfe.

O torneio será disputado na modalidade stroke-play, em 72 buracos, e reunirá 111 jogadores, sendo 90 homens e 21 mulheres. Entre os destaques estão os cariocas Philippe Gasnier (no. 1 no ranking nacional), Melinda Pellegrino (n. 7) e Mariana De Biase (n. 5), os paulistas Roberto Gomez (n. 3), Maria Priscila Iida (n. 1)(foto) e Victória Meyer (n. 4), os paranaenses Ivo Leão (n. 4), Patrícia Carvalho (n. 2) e Tatiana Guimarães (n. 5), e os gaúchos Octávio Villar (n. 2) e Cristina Baldi (n. 3).

Quinta e sexta-feira o torneio começa às 7,20 horas. A comissão do campeonato se reserva o direito de fazer corte após 54 buracos, se necessário, onde permanecerão os 60 melhores e empatados scores masculinos e os 15 melhores e empatados scores femininos. Os horários de saída estão no site da CBG, em Torneios – Horário de Saída.

Em 1929, o primeiro Campeonato Amador do Brasil

A Taça Hart, disputada alternadamente em São Paulo e Rio de Janeiro, inaugurou a série de competições no país. Era disputada por apenas duas equipes de oito jogadores cada, representando o Gávea e o São Paulo Golf Club.

O primeiro Campeonato Amador do Brasil foi realizado no Rio de Janeiro, em 1929, e vencido por S.G.MacGregor. Mas só em 1938 um brasileiro venceu pela primeira vez, Seymor G. Marvin, no Gávea. Seymour foi o primeiro brasileiro que aprendeu a jogar golfe no Brasil.

Em 1939, apareceu um garoto gaúcho chamado Mário Gonzalez, em Sant’Ana do Livramento, Rio Grande do Sul, e com apenas 17 anos ficou com o título, iniciando uma série de conquistas que marcariam para sempre a história do esporte no Brasil. O jovem gaúcho monopolizou os campeonatos brasileiros de amadores até 1949 quando, depois de vencer pela nona vez, profissionalizou-se e transferiu-se do São Paulo para o Gávea, no Rio de Janeiro.

Outros bons jogadores surgiram na época no país, como Walter Ratto e Humberto Almeida. Ratto chegou duas vezes à final do Amador do Brasil, perdendo ambas para Mário Gonzalez.

Almeida chegou pela primeira vez à final do campeonato em 1949, mas perdeu para o imbatível Mário Gonzalez, no Gávea. Cinco anos depois, em 1954, Humberto chegava novamente à final do campeonato, mas perdia para outro Gonzalez, José Maria Gonzalez Filho, o Pinduca, irmão de Mário. Dez anos mais tarde, em 1964, Humberto conseguiu o merecido título ao derrotar Sylvio Pinto Freire no campo do São Fernando Golf Club, em Cotia, São Paulo.

Antes disso, porém, o golfe brasileiro foi dominado, em épocas distintas, por dois jogadores. José Maria Gonzalez Filho assumiu o comando com a passagem do irmão para o profissionalismo e durante quatro anos conquistou todos os torneios. Embora suas vitórias nunca fossem tão dilatadas como as de Mário, também foram folgadas. Em nenhum desses quatro anos ele precisou jogar o 35º buraco para conquistar o título de campeão brasileiro.

Em 1957, “Pinduca” tornou-se profissional, representando o São Paulo Golf Club até meados dos anos 90. Embora nunca tivesse conquistado o Campeonato Aberto Brasileiro, “Pinduca” teve atuação destacada nos anos de 1954, quando ainda era amador, e 1964. Nas duas oportunidades ficou em sexto lugar.

Quando “Pinduca” passou ao profissionalismo, o primeiro a conquistar o Amador Brasileiro foi o gaúcho Fernando Chaves Barcellos, em 1956 depois de ter perdido duas finais contra José Maria Gonzalez Filho, em 1953 e 1955. Barcellos, outro dos maiores jogadores de golfe brasileiros da história, voltaria a ser campeão em 1963, quando venceu José Joaquim Barbosa.

Em 1959, o golfe amador brasileiro voltou a ser dominado por apenas um jogador, Robert Falkenburg, norte-americano e ex-campeão de Wimbledon. Durante três anos, Bob repetiu o que Mário e “Pinduca” haviam feito, conquistando todos os campeonatos disputados. Não foi um período fácil para os brasileiros. O argentino Roberto Benito venceu o campeonato em 1958 e Bob Falkenburg de 1959 a 1961.

Outro destaque do golfe brasileiro na época, Carlos Sózio, foi o melhor amador no Aberto de 1961 e chegou ao título de campeão amador do Brasil em 1962, vencendo na partida final seu irmão Nestor.

Em 1994, um novo marco para a história. O brasileiro Alexandre Rocha, com apenas 16 anos, torna-se o mais jovem ganhador do torneio. Em 1997 ele voltou a conquistar o título.

As mulheres começaram a disputar o Amador do Brasil em 1950. A primeira campeã foi Marina Nioc. Carola Zappa foi bicampeã em 1958 e 1959. A seguir surgiu Sara Raby que foi campeã em 1960 e 1961 e novamente em 1963. Yolanda Figueiredo, que havia sido campeã em 1955, voltou a vencer dez anos depois, em 1965.

Em 1967, a gaúcha Elisabeth Nickhorn ganhou o título pela primeira vez, iniciando uma incrível série de vitórias, totalizando 17 títulos em 1998, feito difícil de ser superado. Nesses 30 anos, outras jogadoras ganharam o título mais de uma vez: Maria Alice Gonzalez (1975, 1978 e 1986), Cristina Schmitt (1987 e 1988), Luciana Benvenutti (1989, 1990 e 1991), Isabele Lodigensky (1993 e 1995) e Maria Cândida Hannemann (1997 e 2000).

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