Confederação Brasileira de Golfe

CONVOCADAS AS EQUIPES BRASILEIRAS PARA O MUNDIAL

27 de agosto de 2004

A Confederação Brasileira de Golfe confirmou Roberto Gomez (SP) (foto), Octávio Villar (RS), Felipe Lessa (RS), Ruriko Nakamura (SP), Patrícia Carvalho (PR) e Mariana De Biase (RJ) como os representantes nacionais no Campeonato Mundial por Equipes, que acontecerá de 20 a 31 de outubro em Porto Rico.

Roberto Gomez é o jogador mais experiente da equipe e tem um motivo a mais para ficar feliz com a convocação. “Apenas dois jogadores em todo o mundo já disputaram 11 Mundiais. Com a participação deste ano, eu também estarei batendo esse recorde, que é oficial do R&A”, comentou o jogador por ocasião do Aberto do Estado de São Paulo, onde conquistou este mês o tetracampeonato. Na carreira, ele soma mais de 300 troféus ganhos.

Os capitães serão Richard Conolly (Membro do R&A), da equipe masculina, e Elisabeth Nickhorn (17 vezes Campeã Brasileira), da feminina.

Também integrarão a Delegação Brasileira Pedro Cominese, presidente da Confederação Brasileira de Golfe, que será o Delegado, e Victória Whyte, presidente do Conselho Mundial Feminino.

Como nasceu o Campeonato Mundial.

Austrália ganha o primeiro título. O Brasil a Delegates and Duffers Cup.

Por Ivo Simon

Quarta-feira, 8 de outubro de 1958. Manhã de outono. O grande relógio da fachada do Royal Golf and Ancient of St. Andrews marca poucos minutos para as oito horas. É grande o movimento nas dependências do clube. Ao som das gaitas de fole dos grupos escoceses que ostentam orgulhosos a tradicional vestimenta xadrez kilt, começa no Old Course o grandioso desfile das delegações pela Granny Clarks Wynd, que cruza o primeiro e o último buraco do templo sagrado do golfe. Está começando o primeiro Campeonato Mundial Amador de Golfe, uma história, hoje, com 46 anos.

Mesmo para St. Andrews, acostumado a eventos esportivos marcantes, foi um dia memorável. Afinal, a expectativa da presença de 15 países havia sido surpreendentemente superada e 29 países, somando 115 representantes, entre jogadores e oficiais, compareciam à inauguração daquele que seria, a partir de então, o maior evento mundial do golfe amador.

Uma série de fatos interessantes deram seqüência festiva à inauguração e todos que compareceram sentiram-se recompensados. Foi uma contagiante festa de amigos e esportistas golfistas de todos os continentes, a maioria se encontrando pela primeira vez.

Por seu lado, o Royal and Ancient providenciou momentos deliciosos para os convidados. Um momento especial foi o jantar de confraternização no venerável Tom Hall, com a presença de Sir George Cunningham, capitão do clube.

Cada equipe tinha quatro jogadores, computando-se, porém, os três melhores resultados individuais em cada rodada. A Austrália foi o primeiro país a conquistar o título, numa decisão emocionante, ficando com o Eisenhower Trophy. Depois de empatar em 918 tacadas com os Estados Unidos, em 72 buracos, a Austrália venceu o playoff por 222 a 224, em 18 buracos, já na segunda-feira, dia 13 de outubro. Domingo, dia 12, não houve jogos.

Em terceiro lugar, com apenas uma tacada de diferença (225) ficou a Grã-Bretanha-Irlanda. A Nova Zelândia classificou-se em quarto lugar com 919 e a Argentina ficou em quinto lugar, com 940.

O Brasil classificou-se em 21o lugar, com 1009 tacadas. Mas venceu a Delegates and Duffers Cup, disputada em 36 buracos, competição criada por sugestão do presidente dos Estados Unidos, Dwight Eisenhower, para delegados e capitães não jogadores, com Seymor G. Marvin (capitão não jogador) fazendo 139 tacadas (74-77 – 151-12 – 139). Em segundo lugar ficou o canadense John M. Blair, com 145 (83-84 – 167-22 – 145) e em terceiro o norte-americano John D.Ames com 146 (78-80 – 158-12 – 146).

A Emocionante vitória da Austrália

A vitória da Austrália foi emocionante. No primeiro dia, a equipe estava em sétimo lugar e 17 tacadas atrás da Grã-Bretanha – Irlanda. No segundo dia, diminuiu a diferença para nove tacadas, já em quarto lugar. No terceiro dia, reduziu a diferença para quatro tacadas, em terceiro lugar e a liderança passou para a Nova Zelândia. No quarto dia, chegou em primeiro, ao lado dos Estados Unidos.

A vitória no playoff, num dia agradável e de pouco vento, coroou de glória a equipe australiana e foi conquistada no buraco 18, par 4, com dois birdies fantásticos. Bruce Devlin embocou de 18 pés e Robert Stevens de 8 pés. Com isso a Austrália ganhou por duas tacadas dos Estados Unidos.

Pela primeira vez foi utilizado um carrinho elétrico no campo de St. Andrews. O time americano tinha como capitão Robert T. Jones Jr., o incomparável campeão do Grand Slam de 1930, que por ser deficiente foi autorizado a utilizar o veículo.

O Campeonato Mundial Amador foi um duro teste para o Old Course e as 6.996 jardas, par 72, em quatro dias de competição. O vento frio e moderado surgiu após um primeiro dia tempestuoso. Os greens tornaram-se lisos e embocar com o putter transformou-se numa aventura. Os fairways ficaram lentos, depois de uma noite chuvosa e um verão com muita chuva.

Disputado a cada dois anos e inicialmente apenas masculino, o Campeonato Mundial Amador passou a ser disputado também pelas mulheres, a partir de 1964.

CURIOSIDADES

1958 – A primeira tacada do Campeonato Mundial foi dada pelo venezuelano Guillermo Behrens. A segunda foi do argentino Hugo Nicora.

1960 – UM JOVEM AMERICANO FAZ HISTÓRIA
Um jovem americano de apenas 20 anos foi a sensação do campeonato ganho pelos Estados Unidos: Jack Nicklaus. Ele foi o melhor da equipe e jogou as quatro voltas abaixo do par 70 do Merion Golf Club, na Pennsylvania, (66 – 67 – 68 – 68), somando 269 tacadas. O segundo da equipe, Deane R.Beman jogou 282 (13 a mais). Foi a única participação de Nicklaus no Mundial Amador. Logo ele profissionalizou-se, tornando-se um dos maiores jogadores da história americana.
Tiger Woods foi campeão em 1994, na França.

1960 – As equipes dos Estados Unidos (1o lugar) e Austrália (2o lugar) foram recepcionadas pelo presidente americano Eisenhower.

BRASIL E ESTADOS UNIDOS – são os dois únicos países que participaram de todos os mundiais masculinos.

1964 – A Federação Italiana de Golfe recepcionou os convidados com um jantar na Roma Antiga, no Castelo de Sant Ângelo, construído pelo imperador Adriano. Mais tarde, foi transformado em prisão, depois desativada.

1966 – No campeonato Delegates and Duffers Cup (Delegados e oficiais), o brasileiro Seymor Marvin e o neo-zelandês Richard Mackie empataram no jogo e no playoff. A organização decidiu colocar o nome dos dois no troféu, mas o brasileiro concedeu a gentileza a Mackie de ficar de posse do troféu (posse transitória) até o mundial seguinte.

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