Confederação Brasileira de Golfe

Epicondilite (“tennis ou golf elbow”)

28 de julho de 2009

POR ELIANE BALESTRIN *

O golfe é um esporte que pode ser praticado por indivíduos de todas as idades e diferentes níveis. Como qualquer esporte, o praticante está sujeito a lesões.

Vou comentar sobre uma lesão muito conhecida dos jogadores de golfe, a epicondilite, também chamada” tennis elbow” ou “golf elbow”. Veja algumas de suas características:

Lesão mais comum do cotovelo

Dor no cotovelo região interna ou externa

Acomete principalmente trabalhadores braçais, digitadores, tenistas e golfistas

Geralmente de início insidioso e com dor noturna

 É normalmente uma lesão por sobrecarga

Origem multifatorial.

As lesões de sobrecarga apresentam sinais e sintomas graduais, com início imperceptível para o próprio golfista. A partir da repetição exaustiva de movimentos sem os adequados períodos de recuperação/repouso e ou execução incorreta da biomecânica, aumentamos a tensão nos tendões que estão inseridos no epicôndilo, podendo causar tendinoses ou até mesmo micro-rupturas.

Normalmente as lesões por sobrecarga apresentam uma evolução lenta e gradual, sendo pouco incapacitante no início, permitindo a prática do esporte. Devido a essas características, muitos jogadores retardam a busca por tratamento. O tratamento tardio leva a cronicidade e aumento da incapacidade.

Algumas das causas apontadas estão relacionadas com a sobrecarga de gestos ao nível do cotovelo/antebraço que é potencializada por:

Uma biomecânica incorreta 

Tacos pesados, inadequados, ou grip incorreto

Desequilíbrio muscular

Má postura

Impactar o taco no chão

Excesso de treinamento ou jogos

O diagnóstico diferencial é importante e o exame clínico pode ser complementado por imagens como RX, ecografia ou a ressonância magnética.

Há diversas formas de tratamento, como o uso de medicamentos, o uso de braces, fisioterapia ou em alguns casos até mesmo a cirurgia.

Lembre-se:

No tratamento das lesões por sobrecarga é fundamental cruzar a análise de todo o processo de treino (aspectos físicos, técnicos e tácticos) e suas condições, com as características individuais (componentes anatômicas, funcionais) de cada golfista.

Os casos crônicos, tratados tardiamente, são os mais difíceis. Recomendo um diagnóstico precoce bem como uma terapêutica adequada para cada fase.

Sempre comente com seu treinador caso sinta dor ou perda de força quando executar seu swing ou após um dia de treino ou jogo.

Consulte seu médico ou fisioterapeuta esportivo.
 

*Eliane Balestrin é fisioterapeuta especializada em fisioterapia esportiva na área de reabilitação do músculo esquelético, formada no IPA de Porto Alegre e chefe do serviço de fisioterapia ambulatorial do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre. Contato: eliane.balestrin@terra.com.br  

O ponto de vista dos colunistas não expressa necessariamente a opinião da CBG.

 

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