Confederação Brasileira de Golfe

Futuro patrocinado

25 de fevereiro de 2008

Para introduzir o assunto desta coluna, vou me autoplagiar e reproduzir abaixo trechos de uma matéria que publiquei na GOLF life de dezembro:

“O céu de Japeri, na Baixada Fluminense, tem ficado cada vez mais limpo. Motivo: os meninos da comunidade começaram a descobrir que mais divertido do que empinar pipas é dar tacadas numa bolinha cheia de covinhas até embocá-la em buracos na grama. Oziel Lopes, de 14 anos, foi um dos que trocou a diversão das ruas pelos desafios dos fairways e greens, tornando-se um aplicado aluno da Escolinha de Golfe de Japeri.

Líder do ranking de sua categoria no Japeri Golf Links, primeiro campo público do país, Oziel aventurou-se em novembro pela primeira vez num dos mais fechados, deslumbrantes e difícieis campos de golfe do país, o Gavea, onde ocorreu o II Aberto da FGERJ, último torneio do ano válido para o ranking da Confederação Brasileira de Golfe.
As taças das categorias scratch ficaram com o veterano Roberto Gomez, de São Paulo, e com a jovem Mariana de Biase, do Rio de Janeiro. Mas o futuro do golfe estava na categoria handicap index 14.1 a 22.1, vencida por Oziel, que nunca havia pisado nos fairways e greens do Gavea antes. “Achei tudo muito bonito. O campo é uma delícia”, disse o garoto, que terminou o primeiro de competição em nono lugar e, na segunda rodada, subiu para a segunda colocação. “Aí eu pensei que não podia ser nada menos do que o vice-campeão e joguei com muita vontade e confiança”, disse Oziel, que venceu com 215 net (77/71/67). “Quero ser um grande jogador de golfe no futuro”, diz o garoto, filho de uma dona de casa e de um pedreiro.” 

Encontrei Oziel no Gavea no último final de semana, durante a 2ª Etapa do Tour Nacional de Golfe Juvenil. Ele era um dos nove integrantes do time de Japeri. Devidamente uniformizados, os meninos do primeiro campo de golfe público do país deram um show de civilidade e de amor ao golfe. Sempre sorrindo e se portando como golfistas dos mais bem-educados, os garotos e garotas de Japeri davam uma amostra não apenas do que será o futuro do golfe, mas de um presente inimaginável anos antes. Quem poderia visualizar a visita de garotos pobres da Baixada Fluminense a um dos clubes de golfe mais fechados do Brasil, ainda mais na condição de jogadores, arrancando aplausos e elogios de sócios, caddies e dirigentes?

A boa notícia é que o futuro que Japeri promete a dezenas de crianças e ao golfe brasileiro tem cada vez mais chance de se tornar logo um presente real e palpável. Japeri acaba de ganhar patrocínio da Oi Futuro, instituto ligado à gigante de telecomunicações Oi. A empresa aproveitou a aprovação do programa “Golfe como instrumento de inclusão social” por parte do Ministério dos Esportes e injetará este ano R$ 323 mil na Associação de Golfe Público de Japeri, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. É uma notícia e tanto para o golfe nacional.

Esses R$ 323 mil cobrirão todos os custos fixos de Japeri. Isso inclui gastos com 12 empregados com carteira assinada, manutenção das máquinas, compra de bolas e tacos novos para as crianças, uniforme, adubos e fertilizantes e viagens para competições. Fora isso, Japeri ainda continuará contando com patrocínio de empresas como Coca-Cola, Casa Granado, Club Med e de um grupo de golfistas que contribuiu, cada um, com R$ 500 a R$ 1.000 mensais.

Em 2007, com todas as dificuldades financeiras por que passou, Japeri conseguiu dar aulas de golfe a 82 crianças carentes de Egenheiro Pedreira e de Japeri. Todas têm de continuar estudando e mostrar o boletim escolar todo bimestre. Para 2008, a meta é passar de 100 alunos e fazer com que mais meninas se interessem pelo esporte.

Na próxima coluna, falarei sobre Vicky White, a presidente da Associação de Golfe Público de Japeri, sobre a visão da Oi Futuro ao patrocinar a iniciativa e sobre os novos talentos já revelados pela Escolinha.

O colunista é jornalista há 12 anos e golfista há 6. É diretor da Albatroz Editorial, agência de notícias e de comunicação especializada em golfe. Escreve sobre o esporte para as revistas Golf Life, Wish Life e Wish Report, entre outras publicações.

O ponto de vista dos colunistas não expressa necessariamente a opinião da CBG

Confederação afiliada

Comitê Olímpico do Brasil Internacional Golf Federation R&A Federacion Sudamericana de Golf Comitê Brasileiro de Clubes

Parceiros

Patrocinadores

Premiações

Mapa do Site