Confederação Brasileira de Golfe

Guillermo Piernes – Os segredos do jogo

28 de fevereiro de 2008

Os golfistas amadores devem assimilar os resultados dos estudos científicos realizados com apoio na tecnologia sobre a forma de jogar golfe. Sem mágica, a dedicação e humildade continuam como valores fundamentais.

Escolhemos algumas dicas irrefutáveis de vários estudos com tecnologia computadorizada e a experiência de jogo em centenas de partidas. Jogadores profissionais brasileiros e argentinos reunidos com este jogador e colunista na final latino-americana do torneio C-Class mercedes Benz Golf challenge em Punta del Este escolhemos o decálogo de dicas provadas para o inicio da temporada 2008.

Ao colocar o tee para dar a primeira tacada com o driver lembre que os tees extra-longos não são aconselhados para golfistas de alto handicap que geralmente tem um downswing mais vertical, como provam os gráficos computadorizados de milhares de jogadores. Um drive mais curto e com direção ganha quase em 79% das ocasiões do um longo e impreciso.

Se acontecer uma tacada imprecisa, não agrave o erro de ter enviado a bola no meio do mato tentando uma tacada milagrosa, porque as percentagens são altamente desfavoráveis. Coloque a bola em jogo para tentar o green na outra tacada com os ferros curtos. Humildade compensa no golfe.

Para o jogador de médio e alto handicap o objetivo com os ferros curtos deve ser cair apenas no meio do green, evitando a tentação da buscar as bandeiras colocadas perto de bunkers  ou água. Se a bola cair na área, é bom lembrar que um stance atlético gera espaço para deslizar a cara do taco pela areia. Se cair na água, respire fundo e volte ao jogo.

Com a bola finalmente no green o objetivo é embocar se estiver a uns três metros ou menos de distancia do buraco. Numa posição maior de três metros o objetivo deve ser deixar a bola perto do buraco, para evitar o temido três putts. A leitura das estatísticas aconselha o procedimento.

Lembre que a indecisão deriva numa tacada fraca, sem convicção e geralmente frustrante. A primeira idéia geralmente é boa sobre a linha do putt, Confie nela e execute o putt. Um estudo da Universidade de Londres provou que o primeiro pensamento numa situação de emergência está certo em quase 80% das vezes contra um 60% do pensamento com raciocínio prolongado.

Se embocar de longa distancia celebre muito. Depois volte ao jogo sem euforia. Manter o equilíbrio emocional deve ser a bandeira constante. Embocar um putt longo ou errar um putt curto nada tem a ver com a sua capacidade intelectual, qualidade humana ou preferência sexual. Golfe é apenas um jogo, repita dez vezes quando a bola insiste em cair na água, sai dos limites do campo, pisotear seu ego. O equilíbrio emocional distende a musculatura e ajuda no bom ritmo das tacadas.

A sabedoria é saber o que se deve fazer, a virtude é fazê-lo definiu David Starr. No jogo de golfe uma virtude é esquecer a perfeição e tentar o que seja o melhor possível dentro da realidade de cada jogador. O golfe é um jogo onde vence quem erra menos e onde apenas 8% do total das tacadas são plenamente satisfatórias. Mais dicas no site www.golfenegocios.com.br.

Jamais as condições serão perfeitas para um jogo de golfe. Sempre haverá uma noitada boa, dores musculares, chuva, calor ou frio, greens rápidos ou lentos, grama alta ou curta, companheiros irritantes, jogo lento. Resulta útil lembrar a clássica definição: o pessimista queixa-se do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas. Bom jogo.

O colunista é palestrante, escritor. Escreve para a Gazeta Mercantil e Golf Digest. Autor de Liderança e Golfe e Tacadas de Vida. 

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