Confederação Brasileira de Golfe

Surpresa no Augusta National

09 de abril de 2007

Por Marco Frenette

O famoso, belo e exclusivo campo do Augusta National é minuciosamente preparado para receber os melhores jogadores do mundo. Ou melhor dizendo: é preparado para castigar os melhores do mundo. Nesse Masters 2007, terminado no domingo 8, após quatro dias de disputas, não foi diferente.

Tiger Woods entortou um taco na árvore tentando acertar sua bola estaimada. Também leu mal a força do vento e jogou na banca. Também viu várias vezes sua bola rolar para a água; e passou a suprema vergonha – para um jogador de seu nível – de ir para a área de drop para passar um insignificante lago. Luke Donald, com seus invejáveis ferros Mizuno MP33 (invejáveis porque muitos golfistas da elite só não jogam com eles por força dos contratos de patrocínio), viu sua bola voltar aos seus pés após chips desastrosos em greens inclinados. Phil Mickelson quase virou um habitué do mato, com direito a repicar a bola duas ou três vezes em árvores antes de se perder novamente entre os arbustos. Vijay Singh, com seu putter “vassourão” – aqueles com varas tão compridas quanto as dos drivers – demorou para encontrar o buraco nos greens impecáveis e supervelozes de Augusta; e quando conseguiu, já era tarde para vencer.

Essas e outras barbaridades possibilitaram que o título deste ano fosse para Zach Johnson, um jogador praticamente desconhecido que vinha na 69o posição na money list. Ele se profissionalizou em 1998, e, até agora, sua única vitória no PGA Tour tinha sido no BellSouth Classic de 2004.

Naturalmente, Zach fez por merecer. Afinal, no Masters não há sorte capaz de dar o título a um incapaz, mesmo que seja uma incapacidade momentânea que dure apenas dois ou três buracos. No último dia de competição, o golfista de 31 anos, nascido no estado de Iowa, soube manter a calma. No famoso buraco 18, de par 4, com seu fairway em forma de funil espremido por um muro de árvores, Zach bateu um drive impecável. O segundo tiro deixou a bola quase na entrada do green. Foi quando jogou um perfeito up and down, finalizando com um único putt, para completar com 69, ou três abaixo do par. Nas voltas anteriores tinha jogado 71, 73 e 76. Na contagem total venceu com 289, um acima do par. Em seguida vieram Tiger Woods, Retief Goosen e Rory Sabattini, todos com 291, ou três acima do par.

Na volta final, o único jogador que ofereceu certo perigo a Zach Johnson foi Woods, que após alguns descuidos nos putts e nas aproximações, terminou o 16 precisando fazer birdies no 17 e 18 para ter um play off. Fez um par no 17, e quando jogou para o green no 18, para par, Zach já estava comemorando com a esposa e os amigos.

A despeito da tão propalada importância da distância nos drives, Zach Johnson é mais um a provar que o cenário ainda não está totalmente dominado pelos big boys. Afinal, ele bate drives de 270 ou 275 jardas – uma média nada impressionante se comparado às costumeiras 300/320 jardas de jogadores como Woods e Mickelson.

Como a pressão exercida pelo campo mais difícil do mundo é igual para todos, muitos astros não conseguiram passar pelo corte do segundo dia de torneio. Entre as estrelas que caíram da constelação augustiana estavam Colin Montgomerie (+9), Michael Campbell (+9), Sérgio Garcia (+10), Ernie Els (+10) e Camilo Villegas (+21).

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