Confederação Brasileira de Golfe

Time brasileiro masculino está pronto para o Mundial

26 de outubro de 2010

Texto: João Carlos Godoy

Dedicação, confiança e amizade. Essas três palavras resumem bem o clima positivo da equipe masculina que disputará entre os dias 28 e 31 de outubro o Eisenhower Trophy, disputa masculina do Campeonato Mundial de Golfe por Equipes, que neste ano acontecerá em Buenos Aires, na Argentina, no Olivos Golf Club e Buenos Aires Golf Club.

Em quatro rodadas, o paranaense Daniel Stapff e os paulistas Rafael Becker e Guilherme Oda carregarão a bandeira brasileira nas costas com a responsabilidade de conquistar uma boa colocação para o país sede do retorno do golfe aos Jogos Olímpicos, em 2016.

Logo no início dos treinos, nesta segunda-feira, dia 25, o paulista Guilherme Oda (na foto abaixo) fez um hole in one no buraco 11 do Buenos Aires Golf Club.

“Disputar esse torneio significa ter a bandeira nas costas. Não será o Rafael, o Daniel ou o Guilherme em campo, mas sim uma organização muito maior”, explica Rafael Becker, atual campeão brasileiro e bicampeão brasileiro juvenil, que atualmente disputa a primeira divisão da NCAA, liga norte-americana universitária de golfe, pela Wichita State University. “Treino todos os dias, com raras exceções. Só nos últimos cinco dias treinei 26 horas”, completa.

Exagero? Não para esses três atletas, que nunca pisaram em campo para representar o Brasil em um Mundial e que levam o golfe como meta de vida profissional. “Desde pequeno sonho em participar dessa competição. Este ano finalmente estarei lá. Estou em uma fase muito sólida em relação ao meu jogo”, destaca Daniel Stapff, uma das principais apostas do golfe brasileiro na atualidade.

Além de um treino puxado, de quatro a cinco horas por dia, seis dias por semana no campo, driving range, putting green, academia três vezes por semana e encontros com o psicólogo esportivo até duas vezes por semana, Daniel Stapff carrega títulos de destaque como vice-campeão brasileiro em 2010 e campeão brasileiro e vice-campeão sul-americano em 2009, entre outros. Nos EUA, o jovem paranaense defende as cores da Barry University, instituição onde estuda e disputa a divisão II da liga NCAA, onde também já está fazendo história. Recentemente, ele venceu o Aflac/Cougar Invitational no início de outubro, sua segunda vitória pela liga norte-americana, porém a primeira na temporada 2010-2011.

“Vestir as cores da bandeira nacional sempre traz uma emoção e um frio na barriga a mais”, destaca Daniel, que aprendeu a transformar a ansiedade em fator positivo dentro de campo. “Iniciei um trabalho com um psicólogo esportivo aqui na universidade, o Duncan Simpson. Ele já trabalhou com profissionais do European Tour e tem muita experiência com o esporte. Trabalhei como ele um bom tempo sobre meu psicológico durante o Mundial. Ansiedade é inevitável, mas saber tirar proveito dela pra intensificar os treinos e melhorar meu jogo é fundamental. E é isso que fiz fazendo durante essas últimas semanas”, conta.

A mesma linha de raciocínio serve para o paulista Guilherme Oda, atual líder do ranking nacional. Oda, que adotou uma política de treinos puxada de sete dias na semana entre cinco e oito horas por dia, sabe que o psicológico é pontual. “É a parte mais difícil do jogo, ainda mais em um torneio tão importante como esse”, afirma o jogador de Bauru, que em outras ocasiões declarou que só não havia virado profissional de golfe ainda pois tinha o sonho de disputar o Mundial por Equipes. Com o seu desejo prestes a se tornar realidade, o atleta sabe o peso que sua convocação representa. “Estou representando todas as pessoas que me apoiaram e também as que não tiveram a mesma oportunidade que eu tive.” 

Vale destacar também que Guilherme Oda tem uma carta na manga. Dos três jogadores brasileiros, ele é o único que conhece bem os dois campos do torneio. “O Buenos Aires Golf Club tem mais características de um campo Links. Já o Olivos Golf Club possui mais árvores e fairways mais estreitos”, analisa.

Para completar o clima de otimismo do time, os três atletas contarão com a presença do paranaense Ivo Leão como capitão do time e um reforço de peso. O jogador, que já foi golfista profissional, é um dos melhores amadores que o Brasil já viu e já integrou times brasileiros em diversas competições como Copa Los Andes (o sul-americano por equipes) e no Mundial Amador de 2000. “A presença do Ivo como capitão ajuda muito. Além de possuir uma experiência incomparável no golfe, ele também é um grande amigo, o que ajuda ainda mais na integração da equipe”, reforça Daniel Stapff.

O chefe da delegação brasileira é Rachid Orra, presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). A convite do R&A, Vicky Whyte, vice-presidente técnica da CBG, ao lado de John Byers e Nigel Wynn Jones, diretores de regras e técnico da entidade, respectivamente, atuarão como árbitros na competição.

Durante o evento, o site www.golfstatresults.com atualizará o resultado do torneio.

 

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