Confederação Brasileira de Golfe

Treino no Velho Mundo

28 de fevereiro de 2008

Por Daniela Murray

Vou contar para vocês como foram minhas duas semanas de treino na Espanha. Não tem coisa melhor do que fugir do frio e da escola para jogar golfe.

Saímos de Viena numa quinta-feira, rumo a Playa Ballena, Rota, Espanha. A equipe “18 Under Par” estava ansiosa para finalmente chegar a um lugar um pouco mais quente do que a Áustria.

Mas antes preciso explicar que é essa equipe. A equipe “18 Under Par” é formada por uma psicóloga, um treinador, 3 amadores e 3 profissionais. A psicóloga vocês já devem conhecer, é a Patrizia Hagen que entrevistei em minha coluna anterior. O treinador é Ralph Hagen (que também entrevistarei em breve). Os três amadores sao Patrick Murray (meu irmão), Dominique Hartl e eu. Os três profissionais são Daniela Wagner, Roland Steiner e Georg Reiner. A equipe foi formada esse ano com a meta de formar futuros campeões.

Foram duas semanas de treino intensivo, já que no inverno só treinamos indoors. O tempo ajudou bastante. Tivemos sol todos os dias. Na primeira semana jogamos com muito vento (chegou a ventar 65 km/h). Foi uma semana dura, porque a bola começava a se mexer sozinha; você tinha que calcular bem o vento, e tinha que ter muita paciência. No final do dia estávamos todos mortos, e só mesmo uma meditação para recarregarmos as energias.

Na segunda semana o vento sumiu e começamos a finalmente sentir o calor so sol. Acho que se a gente comparar fotos de “antes e depois” veremos que os jogadores ficaram bem tostadinhos.

Acordávamos às 7h45 para ir correr na praia. Depois da corrida, íamos tomar café da manhã e, então, seguíamos todos juntos para o clube. Treinávamos das 10 à 13 e das 14 às 17h. Depois do treino estávamos “livres”; isso quer dizer que cada um continuava com o seu programa de treinamento. Por exemplo: ir para a academia, relaxar, meditar, conversar com a psicóloga, etc.

A gente se encontrava para jantar as 19h30 e depois conversávamos sobre o dia, planejávamos o dia seguinte, resolvíamos charadas (o Patrick acertou todas as charadas e foi proclamado o “rei das charadas”) e jogávamos uma partida de cartas. No começo, achei que eu não fosse aguentar tantas horas de treino; mas agora vejo que treinei na medida certa.

Treinamos de diferentes maneiras: distance control, approach, putt, jogo longo, frame training, up-and-down e também fizemos análises no video.

Dois dias jogamos no campo de 18 buracos. Tivemos sorte, porque jogamos na primeira semana quando tinha muito vento e jogamos na segunda semana quando nao tinha vento. Eu tive a impressão que joguei em outro campo. A parte mais divertida era quando íamos jogar no campo de par 3. Um dia tivemos que vendar os nossos olhos e o nosso coach ia nos guiando. Foi engraçado.

O nosso hotel era na beira da praia, e o campo também. No final dessas duas semanas deixamos de ser uma equipe e viramos uma família. Um aprendeu com o
outro. Trocamos conhecimento, e isso fez essas semanas serem muito especiais. Queria agradecer de novo ao meu treinador Ralph e a minha psicóloga Patrizia , porque sem eles essas semanas nao teriam sido como foram: perfeitas, cheias de risadas, cheias de aprendizagem.

Amanhã às 7 da manhã estou a caminho da Turquia com a minha escola, porque vamos fazer a semana de treino da GOLF-HAK. Eu sei o que vocês devem estar pensando. Que vida dura!!! Eu sei, eu admito.

Até a próxima.

A colunista é campeã do Amador Juvenil 2007, tem 17 anos e é sócia do São Fernando Golf Club. Atualmente treina na Áustria.

dani_amigona@hotmail.com

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