Confederação Brasileira de Golfe

Um torneio histórico

14 de julho de 2010

Em sua 80ª edição, o Campeonato Amador de Golfe do Brasil é hoje o torneio mais tradicional do golfe brasileiro. Desde 1929, quando sua primeira edição foi vencida por S.G. MacGregor, vem escrevendo a história do golfe brasileiro – desde então, só não se realizou em 1932 e 1942.

Vencer o principal torneio do golfe amador do Brasil – e um dos mais importantes e tradicionais do continente – é escrever seu nome na história do golfe brasileiro. Muitos golfistas profissionais de destaque só se decidiram pelo golfe como profissão depois de levantar a taça do Amador. É o caso de feras como Fernando Mechereffe, Alexandre Rocha, Stephan Bergner, Vinicius Muller, Jaime Gonzalez e Priscilo Diniz, entre os cavalheiros, e Candy Hannemann e Maria Priscila Iida, entre as damas.

Outros jogadores de renome optaram por continuar como amadores depois da conquista do título amador, como Roberto Gomez, Daniel Dias, J. J. Barbosa e Mario Gonzalez Filho. Isso sem contar alguns jogadores que venceram o Amador, se profissionalizaram e, mais tarde, voltaram a jogar como amadores, como é o caso de Eduardo Pesenti e Ivo Leão.

O rei do Amador Brasileiro é um senhor que hoje tem 87 anos. Mario Gonzalez (na foto à direita), que dá nome pelo terceiro ano consecutivo à Taça Mario Gonzalez, prêmio disputado pelos melhores jogadores do continente, venceu o torneio 9 vezes. (de 1939 a 1943, e 1945 a 1949). Após atingir essa marca no principal torneio de golfe do país, só restou a Mário Gonzalez um caminho. Ele se tornou profissional, mudou-se de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde está até hoje, e continuou fazendo história no esporte – entre outros feitos, foi oito vezes campeão do Aberto do Brasil, por exemplo.

Outros nomes do golfe brasileiro também se consagraram com ajuda dessa competição – muitos deles da família Gonzalez, diga-se de passagem. José Maria Gonzalez Filho, o Pinduca, irmão de Mario, ganhou quatro vezes (1953 a 1956). Jaime Gonzalez, filho de Mario, venceu outras quatro vezes (1969, 1971, 1972 e 1976), antes de também seguir os passos do pai e se profissionalizar. Mario Gonzalez Filho, irmão de Jaime, venceu em 1965. Priscillo Diniz, sobrinho de Mario, foi duas vezes campeão (1974 e 1975) e também virou um profissional de sucesso. Por fim, Maria Alice Gonzalez, também sobrinha de Mario, venceu três vezes no feminino (1975, 1978 e 1986) antes de se tornar uma das poucas profissionais femininas de golfe do país. No total, a dinastia dos Gonzalez coleciona a bagatela de 23 taças da competição.

Outros grandes nomes do golfe brasileiro também fazer parte da história do torneio. Ricardo Rossi, por exemplo, venceu a disputa três vezes (1973/1977/1978). J.J. Barbosa venceu outras duas vezes. O gaúcho Antonio L. Chaves Barcellos, mais conhecido como Nico, que hoje é profissional no próprio Itanhangá Golf Club, é o segundo maior vencedor da competição. Ao todo Nico sagrou-se seis vezes campeão, de 1983 a 1986, em 1989 e 1990. Outro grande destaque é Roberto Gomez, de São Paulo, que já foi quatro vezes campeão, cada uma delas em uma década diferente (1980, 1981, 1991 e 2004) e que ainda disputa o torneio. Outros ex-campeões que também podem aumentar sua coleção de troféus são Daniel Dias (bicampeão) e Gonzalo Berlin Filho, Pedro Costa Lima, Felipe Lessa e Daniel Stapff.

Entre as damas, os recordes de vitórias também são impressionantes. A maior golfista amadora brasileira de todos os tempos, Elizabeth Nickhorn, venceu nada menos do que 17 edições do torneio (1967 a 1971, 1973, 1974, de 1979 a 1983, 1985, 1992, 1994, 1997 e 1998). Maria Cândida Hannemann, a Candy, que disputou torneios pelo circuito LPGA, levou a taça duas vezes. A paranaense Patrícia Carvalho já subiu ao lugar mais alto do podium cinco vezes. Karina Palmberg venceu em 2008 e, em 2009, foi a vez da carioca Mariana de Biase.

É impossível prever quem será o próximo golfista a deixar sua marca no Amador de Golfe. A certeza é que este torneio continuará a fazer história pelos campos do País.
 

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