Confederação Brasileira de Golfe

FPG disponibiliza consulta ao index do jogador (Unibanco Slope System)

16 de novembro de 2006
Federação Paulista de Golfe disponibiliza consulta on-line do index dos jogadores filiados a entidade. A iniciativa foi feita em adequação ao sistema Unibanco Slope System.

Em adequação ao sistema Slope System, a Federação Paulista de Golfe é a segunda entidade no País a disponibilizar a consulta do índex aos jogadores filiados. Os golfistas devem clicar no link apresentado no lado direito da página principal deste site, denominado “Handicap Índex”, e digitar o número 11 seguido de seu código de handicap. Segundo Horst Loeck Jr., um dos diretores da FPG, o atual sistema por handicap continuará valendo até 31 de dezembro e a implantação oficial do Slope System está programada para o dia 1º de janeiro de 2007. De acordo com o engenheiro Luiz Carlos Palmiro, que tem ministrado palestras sobre o assunto para capitães de clubes e dirigentes do golfe, no novo sistema cada golfista terá seu handicap ajustado a cada campo em que for jogar, conforme as dificuldades particulares de cada um. “Sem dúvida, é um passo importante para o golfe brasileiro, que passa a adotar um sistema moderno de equiparação de golfistas, e que já é usado por muitos países em todo o mundo”, destaca.

Um jogador que forma seu handicap num certo campo, ao jogar em outro percurso pode sentir seu handicap inadequado, seja para menor se o campo jogado for mais difícil ou para maior se o campo jogado for mais fácil que o seu. Estudos mostraram que essas discrepâncias podem chegar até 12 strokes. Por isso, o sistema de handicap atualmente em uso no Brasil tem sido abandonado por muitos países. Em seu lugar, adota-se o Sistema USGA de Handicap, que se baseia no Slope System.

O course rating atual, que só leva em conta o comprimento do campo, não se mostrou um bom indicador de dificuldade de campos. Por isso, no Slope System ele é substituído por dois novos indicadores de dificuldade: o scratch course rating e o bogey course rating. O scratch é definido como um jogador hipotético que tem handicap 0, batendo um drive médio de 250 jardas e um segundo tiro a 470 jardas. Já o jogador bogey é um golfista hipotético que tem um handicap entre 17 e 22 e que bate um drive de 200 jardas e um segundo tiro a 370 jardas, em média.

Obstáculos – Ainda de acordo com Palmiro, o scratch course rating, também conhecido como USGA Course Rating, leva em conta os obstáculos que afetam um jogador scratch (bunkers, lagos, greens rough e árvores, por exemplo), bem como o comprimento efetivo do campo (diferente do real medido), influenciado por aclives, declives, rolagem da bola no fairway, dog legs, ventos e altitude, entre outros pontos.

“Com isso, obtém-se o nível de dificuldade do campo para um jogador scratch. Diga-se de passagem, comparado ao course rating antigo, é muito mais elaborado e realista”, analisa Palmiro. “Já o bogey course rating representa o nível de dificuldade do campo para um jogador bogey, que não necessariamente é o mesmo que o de scratch. A razão é que o conceito considera os fatores de obstáculos específicos do jogador bogey.”

Dificuldades para jogadores scratch não representam necessariamente dificuldade para jogadores bogey e vice-versa. Por exemplo, um bunker a 250-270 jardas do tee representa um perigo para o scratch, mas não tem peso importante para o golfista bogey, já que seu drive médio não alcança essa distância. “O scratch vai fazer um lay up, enquanto o handicap do bogey já prevê esse lay up natural”, explica o engenheiro.

O slope rating de um campo é tão somente a diferença entre o bogey course rating e o scratch course rating, multiplicada por um fator fixo. Com o slope rating de cada campo definido, o jogador passará a ter indicador chamado handicap índex, que será calculado pelas Federações, num sistema central via internet, acessível a todos, sob responsabilidade da CBG. A primeira entidade a disponibilizar o sistema no Brasil foi a Federação Paranaense.

Casa decimal – O handicap índex, que tem uma casa decimal, não é o handicap do jogador, mas um indicador auxiliar para ele obter seu almejado handicap variável de campo para campo. O processamento dos cartões se dará a cada 15 dias, gerando um novo índex. Um cartão será emitido para cada jogador e os clubes farão a sua distribuição.

De posse do índex, o jogador se dirige ao clube onde vai jogar e consulta uma Tabela de Conversão de Índex em Handicap de Campo (também chamado de course handicap). Esse é o handicap com que vai jogar naquele campo e no tee escolhido, já que para cada tee (circuito de tees) haverá uma tabela de conversão diferente.

Se o slope rating do tee a ser jogado for maior que 113, o course handicap será maior que o índex. Se for menor que 113, o course handicap será menor que o índex. Se for 113, o handicap do campo será o próprio índex, arredondado ao próximo inteiro. “É comum associar-se o slope rating de um dado campo à sua dificuldade. Isso não é verdade. O slope rating é tão somente a diferença entre as dificuldades do jogador bogey e as do jogador scratch”, continua Palmiro.

“O verdadeiro índice de dificuldade de um campo ou tee são os seus course ratings: um campo pode ter um scratch CR alto e um bogey CR baixo. O jogador scratch vai achar o campo difícil, mas o jogador bogey vai achar fácil. O slope desse campo é normalmente pequeno”, explica o especialista. “O inverso também é verdadeiro: bogey CR alto, difícil para o jogador bogey, e scratch CR baixo, fácil para o scratch. Normalmente, este campo tem um slope alto. Mas se o bogey CR e o scratch CR forem ambos altos, ou seja, o campo é realmente difícil para ambos, seu slope tanto poderá ser baixo ou alto: depende da diferença entre os dois CRs.”

Pistoleiros – No novo sistema USGA de handicap, o jogador que manipula seu handicap com scores fictícios (o chamado "pistoleiro") será fortemente coibido. Além do cálculo normal do índex, o sistema central avalia os dois melhores resultados de torneio de cada jogador dos últimos 12 meses. Se foram discrepantes dos seus jogos normais, o sistema aplica uma redução automática e publica seu índex já reduzido com um “R” ao lado. Por exemplo, 18,6R. Essa informação estará disponível para todos os golfistas que consultarem o sistema. Com isso, espera-se que as competições por handicap sejam mais justas.

Durante o período inicial, em que nem todos os campos foram redimensionados com slope, e enquanto houver federações que ainda não dispararam o sistema novo em seus estados, o golfista terá que conviver com um sistema misto: a cada processamento de uma federação que já entrou no sistema novo, o sistema vai gerar o índex, mas também gerará o velho handicap fixo de cada jogador.

No caso dos jogadores com handicap índex, ao jogar num estado com o sistema antigo, o golfista usará o velho handicap fixo publicado, sem qualquer conversão, para qualquer campo em que jogar. Ao jogar dentro do seu território (que já se inseriu no sistema novo), num campo que ainda não foi redimensionado, ele usará seu índex e o campo será considerado como um “campo padrão brasileiro”, cujo slope é 125 (mesmo sem slope oficial, o campo terá tabelas de conversão afixadas). No caso dos jogadores sem handicap índex, jogando em campo com ou sem slope medido, ele joga com seu handicap fixo, nos moldes antigos, sem conversão.

Fonte: Marco Antonio (Federação Paulista de Golfe).

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