O esporte verde – Coluna de Guillermo Piernes
Por Guillermo Piernes*
O golfe é o esporte com maior interação com o meio ambiente e os dirigentes e praticantes evolucionados buscam que os campos sejam úteis no combate ao aquecimento global e na preservação da fauna, da flora e dos recursos hídricos.
Os campos de golfe têm uma função mais ampla que ser cenário de um apaixonante jogo. Permitem que o verde continue presente em áreas urbanas saturadas, brindando importantes refúgios para a vida selvagem. Nenhum outro esporte ocupa tão vastas áreas verdes.
Na Europa, os 6.000 campos de golfe do Velho Continente além de encantar a seis milhões de praticantes ocupam 300 mil hectares. A área dos 25 mil campos dos Estados Unidos é maior que a de vários países. No Brasil são 110 campos com aproximadamente 5.000 hectares. Ao sobrevoar a metrópole de São Paulo, salvo o Parque Ibirapuera, as grandes manchas verdes que se observam desde o avião são os campos do São Paulo, São Francisco, Guarapiranga e Clube de Campo.
Metade das áreas dos campos de golfe não entram no jogo, ou seja, são refúgios para a vida selvagem e até de algumas espécies em extinção. Os gramados dos campos de golfe representam um altamente eficiente filtro biológico que melhora a qualidade da água, sempre que os responsáveis pela gestão dos campos mantenham um compromisso de preservação do meio ambiente.
Os tratamentos modernos de fertilização e luta contra as pragas foram encaminhados para uma abordagem biológica. Nos novos projetos de condomínios com golfe, a água para irrigação é totalmente reciclada. Os campos de golfe também podem reverter situações de desastre ambiental. Centenas de aterros sanitários foram transformados em campos de golfe em muitos paises, solução que colocou perante distintas prefeituras Orlando Silva, presidente da Associação Brasileira de Parcerias Publico Privadas (ABPPP).
Numa recente palestra para autoridades, investidores e alguns administradores este consultor defendeu a tese que um administrador eficiente de um campo de golfe deve ser sinônimo de gerente de preservação ambiental. Que no caso de um capitão de golfe ou incorporador querer aterrar mangues ou derrubar árvores quem deve ser derrubado é o incorporador ou capitão de golfe.
Assim como os princípios de integridade e ética no jogo de golfe, a preservação ambiental é inegociável. No esporte verde a preservação ambiental não deve ser uma imposição externa de fiscalização, mas a sua própria essência.
Pódio
Puma: A Puma entregará material esportivo a Rogério Bernardo, vencedor do Primeiro Aberto da Fazenda da Grama, e a outros três promissores golfistas amadores paulistas. Na sexta-feira, no campo do Vista Verde se realiza a etapa VB Serviços do Circuito Empresarial de Golfe.
Incentivo: A quinta etapa do Circuito Incentivo ao Golfe ou Macacheira Open, que conta com o apoio da YKP, APO, Duke Energy, York e Villa do Golf, foi vencida por João Batista Miranda. No Alphaville de Curitiba, o torneio realizado em prol das crianças com neoplasia teve a participação de mais de cem jogadores.
Bravo: A Bravo Marketing Esportivo, que atende entre outros clientes a Gol Linhas Aéreas desenvolverá projetos relacionados ao golfe, segundo Conrado Nakata que comanda a empresa junto a Marcelo Palaia. O ex-atleta Nakata foi executivo da griffe Stroke.
*Guillermo Piernes é consultor corporativo, escritor e palestrante de golfe. Assina as colunas de golfe da Gazeta Mercantil e da Revista Forbes. Autor de Tacadas de Vida (Ed. JB) e Liderança e Golfe (Ed. Paradiso) a ser lançado em breve. piernes@yahoo.com
