Confederação Brasileira de Golfe

Uma aula de valor incalculável – Coluna de Guillermo Piernes

07 de abril de 2007

Por Guillermo Piernes

Os melhores jogadores do planeta reunidos no Augusta Masters 2007 deram uma aula prática sobre as situações de dificuldade e frustração rotineiras dos praticantes de fim de semana, além de nos brindar com um espetáculo de alta técnica e domínio das emoções no histórico e milionário torneio.

O tradicional torneio distribuiu U$ 8 milhões em prêmios para os 60 jogadores finalistas e integrantes da cúpula mundial do golfe e teve como campeão Zach Johnson, dos Estados Unidos. Os maiores nomes do esporte proporcionaram um inesquecível exercício de identificação com os 75 milhões que seguiram o torneio da Georgia pela TV no mundo, ao passar pelos mesmos apuros que parecem exclusivos dos praticantes de fim de semana.

Foram classes magistrais sobre como superar a série de dificuldades enfileiradas no percurso e que atormentam a rotina de grande parte dos praticantes amadores. Triple bogeys, bolas no mato, na água, três putts, duas na banca, papinhas e filaços são términos técnicos que integram o repertório de infortúnios de milhões de amadores, arruínam cartões de jogo nos campos do Brasil e o no mundo e que foram freqüentes no Masters de Augusta.

O campo apresentou armadilhas de ilusão ótica, greens duros e rápidos a longo das 7.445 jardas ou 6.780 metros de ondulado percurso, muitas árvores, florido, lindo e cruel. Tecnicamente Augusta foi um campo sem perdão para os erros que induz a cometer. Para alguns o campo de Augusta foi obra de brilhantes arquitetos e preparado por hábeis profissionais com ajuda do Diabo, também acusado de inventar o golfe num dia de mal-humor.

Augusta provou que a beleza é perigosa. Nas brancas, macias e arredondadas bancas de fina areia foram enterradas bolas e esperanças. As esperanças de consagrados jogadores como o espanhol Sergio Garcia, o escocês Colin Montgomery e o colombiano Camilo Villegas se afundaram cedo. Não conseguiram aplicar a regra que no golfe vence quem erra menos.

O norte-americano Phil Mickelson, que defendia o título deu uma lição sobre como realizar um jogo decepcionante e seguir com o sorriso. O ídolo Tiger Woods mostrou que pode errar e se irritar como um simples humano. Também ensinou como ser humilde e fugir das tacadas milagrosas que ele sim pode executar e jogar em forma segura e efetiva.

O experiente Vijay Sing deixou curtas três bolas que acabaram na água, ao ceder a ilusão ótica do green elevado como aconteceria com um iniciante porem seguiu jogando calmamente. Os melhores sabem que para jogar bom golfe é fundamental contar com equilíbrio, persistência, concentração, estratégia, humildade, técnica e talento.

Milhares ao vivo e milhões pela TV assistiram a vitória do não-favorito Zach Johnson, com uma tacada acima do par, com os sul-africanos Rory Sabbatini e Retief Goosen e o norte-americano Tiger Woods empatados no segundo lugar. Johnson comprou “uma passagem para o futuro”, e levou um cheque de quase U$ 1,4 milhão. Mostrou os atributos dos melhores e a sorte que sempre acompanha a todos os campeões, participem ou não do Master de Augusta.

Pódio

CBG: Para aprimorar a preparação de jogadores juvenis, Álvaro Almeida, presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG) fez um acordo de cooperação com a Associação Argentina de Golfe (AAG), que conta com 14 mil jogadores menores de 17 anos e domina o cenário latino-americano.

Blue Tree: O torneio da Associação Paulista de Golfe (APG) se realiza no sábado com lotação completa no campo do Blue Tree em Mogi das Cruzes. Nesse mesmo campo se disputa no domingo a quarta etapa do Circuito Incentivo ao Golfe, com apoio da YKP, Duke Energy, Millenium, Bookeepers, York, Apo e Villa do Golf.

Itanhangá: A revista Golf Digest escolheu o campo do clube Itanhangá do Rio de Janeiro entre os 100 melhores campos de golfe fora dos Estados Unidos.

Guillermo Piernes é consultor corporativo e palestrante de golfe. Escritor e jornalista, assina a coluna de golfe da Gazeta Mercantil e da Revista Forbes. Autor de Comunicação na América Latina (Ed. UnB) e Tacadas de Vida (Ed. JB). piernes@yahoo.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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